Resenha: Quem é você Alasca?

Sinopse: “Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".”

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O primeiro motivo para ler “Quem é você Alasca?”: Bem, ele foi escrito pelo John Green, e por isso você pode ter certeza que o livro possui um narrativa maravilhosa!

A história é narrada por Miles. Um garoto magricela, tímido, que possui pouquíssimos amigos (ou melhor não possui amigos),  ele decide estudar em Culver Creek, um colégio especial, na tentativa de encontrar seu “Grande talvez”. Em sua chegada ao colégio, Miles conhece seu colega de quarto, um garoto que todos chamam de General, ele é baixinho, um aluno muito inteligente que passa a maior arte do seu tempo aprontando e mandando em todos. General apelida Miles de Gordo.

Logo Miles, faz amizade com os amigos de General, Takumi um japonês muito atrapalhado, e é claro, a temperamental e instável, Alasca. Alasca é uma garota muito bonita, ela é simples e adora uma boa diversão, é ela quem compra bebidas e cigarros usando uma identidade falsa. 

“Se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão."

E para completar o grupo, junta-se a eles, Lara, uma garota estrangeira que no decorrer do livro começa a namorar com Miles. Esse grupo de amigos, vive de diversão, eles pregam peças em todo mundo, bebem e fumam escondidos. Inclusive, são pegos algumas vezes pelo diretor do colégio.

Falando assim, esse parece ser mais um livro sobre aventuras surreais de adolescentes americanos, com uma história comum, cheia de clichês e com aquele lindo "felizes para sempre". Mas, não se engane, quando se trata de John Green, não podemos ter um livro “comum” e com aquele lindo "felizes para sempre".

Toda essa diversão, bebedeiras e as instabilidades de Alasca acabam em uma grande e arrasadora tragédia. Mas não é esse o fim do livro, o que mais gostei, é que o livro conta como eles conseguiram, de certa forma, superar esse acontecimento e seguir em frente.

"Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de conseqüências que resulta das nossas pequenas decisões."

John Green sempre nos traz lições importantes e maravilhosas. Mas tem uma que também está nos outros livros dele que eu já li. O que entendi sobre todos esses livros é que, o importante, não é o final, e sim, o caminho que você percorre para chegar ao final.